Argonath
Assinalando o limite Norte do reino de Gondor, em
Emyn Muil, ficavam as Argonath, os Pilares dos Reis. Estas enormes construções,
cujo nome significa “duas pedras nobres”, são a representação de Isildur e
Anárion, os primeiros reis de Gondor. A data da sua construção não é certa,
apesar de se saber que foram mandadas erguer por ordem de Rómendácil II, que
governou o reino entre 1304 e 1366 da Terceira Era.
O objectivo da
construção desta majestáticas estátuas era o de colocar um aviso para todos
aqueles que descessem o Anduin e que não fossem de sangue Edain, um aviso de
que não eram bem vindos. As Argonath representavam toda a glória, majestade e
poder de Gondor; a imponência destas estátuas e o efeito opressivo que exerciam
sobre aqueles que por elas passavam é bem patente na passagem da Irmandade pelo
Anduin.
Nesta passagem
somos brindados com uma descrição pormenorizada das estátuas; atentemos no que
Tolkien nos diz: “Lembravam-lhe [a Frodo] gigantes, enormes figuras cinzentas,
silenciosas, mas ameaçadoras. Depois viu, finalmente, que tinham sido
esculpidas e afeiçoadas: a arte e a força do antanho tinha trabalhado nelas e,
apesar do sol e da chuva e inúmeros e esquecidos anos, ainda conservavam as
feições em que tinham sido esculpidas. Sobre enormes pedestais alicerçados na
água funda erguiam-se dois grandes reis de pedra, que continuavam a olhar para
o Norte de olhos turvos e fonte enrugada. A mão esquerda de cada um deles
erguia-se, de palma para fora, num gesto de advertência; a direita empunhava um
machado, e cada cabeça ostentava um capacete e uma coroa em desintegração.
Ainda irradiavam grande força e majestade, sentinelas silenciosas de um reino
havia muito desaparecido.” (A Irmandade do Anel – O Grande Rio).
Por esta descrição é possível constatar que com o
passar dos anos e as intempéries toda a magnificência das sentinelas de Númenor
não se perde e que o impacto naqueles que as perscrutam manteve-se de espanto e
temor.
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