Dunharrow
Acima do Harrowdale, nas encostas das Ered Nimrais ficava o refúgio de Dunharrow. Obra de um tempo há muito esquecido, este refúgio era uma das construções mais antigas da Terra Média, não sendo certo que o construiu havendo a probabilidade de resultar de uma construção bipartida entre os Druedain, numa primeira fase, e Homens Selvagens (possivelmente Gwathuirrim) numa fase mais avançada. Para além de servir como refúgio quase impenetrável, Dunharrow teria algum propósito religioso como se pode inferir do seu nome: Dun-harug – Santuário da Colina.
A chegada a Dunharrow fazia-se por uma estrada sinuosa que subia a encosta em caracol, tendo a cada curva “grandes pedras que tinham sido esculpidas à semelhança de homens, enormes e de membros toscos, acocorados de pernas cruzadas e com os braços informes apoiados no ventre gordo” (O Regresso do Rei – A Concentração de Rohan). Eram os Homens de Púkel, obra dos Druedain, habilidosos artífices no trabalho com a pedra.
No topo encontrava-se um campo verde de erva e urze a que os homens de Rohan davam o nome de Firienfeld, dividido em dois por “uma fila dupla de pedras erectas não desbastadas que se iam perdendo no crepúsculo (...)” (O Regresso do Rei – A Concentração de Rohan). O propósito destas pedras não é conhecido, podendo-se apenas supor que teriam um significado místico um pouco à semelhança dos monólitos da história primitiva da Europa. Pelo seu aspecto pouco trabalhado é improvável que tenham sido lá colocadas pelos Druedain, sendo provável que tenham sido obra dos Homens Selvagens que povoaram a região.
Dunharrow é uma das maravilhas mais enigmáticas da Terra Média, não havendo certezas sobre os seus construtores e sobre a data da sua edificação, da qual apenas é possível afirmar que ocorreu “antes de um barco ter sequer chegado às costas ocidentais”.
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