Meduseld
O reflexo dourado do Palácio podia ser visto de muito longe, mas apenas o olhar élfico, como o de Legolas, podia ver qual a sua fonte: “Um grande palácio de Homens, o qual parece (…) ter um telhado de ouro. A sua luz brilha, numa grande extensão, sobre a terra. Douradas também são as ombreiras das suas portas…” (As Duas Torres – O Rei do Palácio Dourado). No interior do palácio encontrava-se um salão comprido e largo cheio de sombras e meias-luzes, cujo tecto alto era sustentado por enormes colunas.
O seu chão estava pavimentado com pedras de muitas cores onde se misturavam runas ramificadas e estranhos sinais, no tecto existia uma clarabóia que permitia a quem estivesse no seu interior perscrutar os céus; as suas colunas encontravam-se ricamente esculpidas emitindo reflexos baços de ouro e cores semivisíveis. Tapeçarias onde estavam representadas figuras da lenda antiga pendiam nas paredes ora embaçadas pelos anos ora brilhando tenuemente na sombra (As Duas Torres – O Rei do Palácio Dourado).
De todas destacava-se a de “um jovem montado num cavalo branco. Soprava numa grande trompa e o seu cabelo amarelo voava ao vento. O cavalo tinha a cabeça levantada e as narinas dilatadas e vermelhas, enquanto o cheiro da batalha distante o fazia relinchar. À volta dos seus joelhos jorrava e redemoinhava água espumejante, verde e branca” (As Duas Torres – O Rei do Palácio Dourado). Era Eorl, o Jovem, o primeiro de uma série de reis de um povo simples, mas valente, que tinha em Meduseld a sua mais significativa obra aos olhos do mundo.
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